Vitrine do Brasil no Palco Global

Inside Brasília – 18/11/2024
Por i3P Risco Político
Foto: Ricardo Stuckert/PR

Vitrine do Brasil no Palco Global


A cidade do Rio de Janeiro se transforma nesta semana no epicentro das decisões globais. A Cúpula de Líderes do G20, que reúne os mais influentes chefes de Estado e de Governo do planeta, é mais do que uma reunião de diplomatas; é um espetáculo de poder, negociações e estratégias, onde o Brasil não apenas sedia, mas entrega sua liderança do grupo à África do Sul. Neste cenário, sonhos ambiciosos como a taxação global dos super-ricos e a reforma da governança mundial ganham destaque, enquanto o Museu de Arte Moderna (MAM) se torna palco de debates que podem redesenhar o futuro econômico e social do planeta.

Agenda de Transformação
Sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidência brasileira no G20 focou em três grandes pilares: combate à fome, pobreza e desigualdade; desenvolvimento sustentável e transição energética; e a reforma da governança global. Estes temas nortearam não apenas as reuniões oficiais, mas também o G20 Social, onde a sociedade civil trouxe contribuições para o comunicado final da cúpula.

Taxação Global dos Super-Ricos
Uma das propostas mais ousadas da agenda brasileira é a criação de um imposto global de 2% sobre bilionários, com potencial de arrecadar até US$ 250 bilhões anuais. Apesar do apoio de países como França, África do Sul e União Africana, a ideia enfrenta resistência de grandes potências como Estados Unidos e Alemanha, destacando a complexidade de encontrar consensos em um grupo tão diverso.

Emergentes em Ascensão
Os 25 anos do G20 mostram um cenário econômico em constante transformação. Gigantes populacionais como China e Índia conquistaram posições de destaque, enquanto países como Rússia e Indonésia também deram saltos significativos. Contudo, nações como Argentina e África do Sul enfrentaram retrocessos, refletindo os desafios de manter relevância em um mundo em constante mudança.

Posição Estratégica no G20
Com a presidência rotativa em 2024, o Brasil utilizou sua posição para propor iniciativas como a Aliança Global Contra a Fome e reforçar o papel do Sul Global no cenário internacional. Em um contexto de crises econômicas globais e tensões geopolíticas, o país buscou consolidar sua influência, mesmo diante das incertezas políticas nos Estados Unidos e da guerra na Ucrânia.

Desafios à Frente
Enquanto o Brasil encerra sua presidência do G20, uma pergunta paira no ar: até onde as ações lideradas por Lula, como a taxação global dos super-ricos e a Aliança Global Contra a Fome, conseguirão transformar palavras em ações concretas? A entrega da presidência à África do Sul marca uma continuidade simbólica para o Sul Global, mas também carrega enormes expectativas. A cúpula no Rio de Janeiro é mais do que um encontro de líderes; é um marco onde o Brasil buscou redefinir seu papel no cenário global. Resta saber se as sementes plantadas em 2024 florescerão nos anos que estão por vir.

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